Não lembro se alguma vez escrevi sobre esporte no P de Pinguim Feliz. Se escrevi de futebol, certamente falei - e muito bem! - do meu amado Grêmio, uma das melhores herança do meu pai. Talvez tenha falado de caminhadas - tão raras nos últimos tempos - possivelmente tenha comentado de algum programa esportivo na TV. O que é certo é que, independentemente da quantidade de esporte neste blog, amo quase 100% das modalidades. Ficam mais de lado aqueles esportes de luta. Se bem que adoro judô. É mesmo...gosto muito de judô...a ponto de lamentar nunca ter praticado.
E bons textos sobre esporte merecem todo o reconhecimento. Como este, assinado por David Coimbra na edição de 6 de janeiro da Zero Hora, do qual retiro uma parte para deixar anotado no 'P'. Todo o texto é possível ler aqui:
'Não é por acaso que os técnicos de futebol são chamados de professores. Eles ensinam os jogadores a jogar, eles planejam tudo o que vai acontecer durante uma partida. Eles mudaram até a linguagem do futebol. Agora há atacantes que flutuam atrás da zaga, há jogadores de passagem, jogadores que atuam por dentro e outros que vão pelos lados do campo, agora muitos jogadores, que coisa, espetam, e alguns times jogam em duas linhas de quatro. Duas linhas de quatro. Gosto especialmente disso. Gostaria de ver, por exemplo, um time jogando em cinco linhas de dois. Ou, melhor: 11 linhas de um. A tática, revolucionária, seria o um-um-um-um-um-um-um-um-um-um-um. Que lindeza.
Observe um treinador nas fímbrias do gramado, de pé na chamada “área técnica”, uma área que não existia quando os técnicos não eram professores, área criada só para eles, como tronos imaginários. Lá está o treinador, dentro de seus mocassins italianos, apontando o indicador e o dedo médio da mão esquerda em vê para algum meio-campista e, em volta desses dois dedos, traçando círculos com a mão direita. O que significa esse gesto? Ah! Só os iniciados sabem.
De onde vem tanta sabedoria? De que fonte bebem esses escassos privilegiados? São perguntas difíceis de responder. Mas, se você por acaso me perguntar se prefiro um técnico de R$ 300 mil ou três centroavantes de R$ 100 mil, isso eu respondo. Ah, isso sei responder.'
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