quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Da Política (Internacional)


Sou/estou ainda resistente em relação ao Obama. Não exatamente por um rechaço a ele. Mas porque me sinto mal em imaginar que nossas vidas aqui no Brasil podem estar assim tão atreladas ao que os EUA fazem de bom e de ruim.

Dizendo, parece até que não vivo neste século. Sei bem dos processos todos - culturais, econômicos, históricos, políticos e sociais - que transformaram o mundo praticamente em uma coisa só. A tal da globalização, que, por outro lado parece que ergue mais muros e cria tantas outras castas.

E enquanto sou/estou resistente ao novo presidente 'do mundo', vou lendo, ouvindo e vendo notícias. Como o artigo assinado ontem, day after da 'Inauguration', pelo Paulo Sant´Ana na ZH:

'...Como terá acordado Obama esta manhã? Não tenho dúvida de que este homem vive hoje um sonho delirante.

Obama deve desconfiar de que não está ainda desperto do mergulho de fantasia a que foi submetido depois que concorreu na prévia partidária e na eleição em que bateu inexoravelmente John McCain, quando o mundo inteiro não acreditava que um negro pudesse um dia vir a ser presidente dos EUA.

De pijama, deitado na cama ao lado de sua mulher, protegido ali fora pela segurança pessoal mais perfeita do mundo, antes de adormecer os dois devem ter conversado sobre a sucessão frenética de acontecimentos que culminaram com esta primeira noite na Casa Branca.

Eles são as duas pessoas que menos acreditam que isso pode ter-lhes sucedido. É demais, não cabe no aparato de lógicas e de acasos que cerca as vidas das pessoas essa transformação de um advogado simples que emigrou do Havaí para tentar a sorte no continente e de repente se viu alçado ao posto mais importante do planeta...'

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