Me fui esta semana para Pinheiro Machado. A trabalho, naturalmente. Tipo do lugar que, se não fôsse pelo trabalho, jamais teria conhecido. Foi tudo muito rápido e hospitaleiro: uma noite de sono bem dormida, um café da manhã que parecia o da casa da tia da gente, beijos e abraços e um almoço campeiro delicioso.
A cidade, localizada entre Pelotas e Bagé, no sul do Rio Grande do Sul, tem alguma coisa como 15 mil habitantes. Casinhas baixas, estilo português, ruas largas sobre pedras, um clima frio e úmido. E o mais doido, segundo relato de nosso guia: leva o nome não de figura ilustre nascida ali, mas de um ilustre senador da República assassinado no Rio por um habitante da cidade, que, antes de ser Pinheiro Machado, chamava-se Cacimbinhas. Com maior precisão: Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas. Porque Cacimbinhas, descubro eu, em uma rápida viagem pelo Google, fica em Alagoas, bem distante do Pampa Gaúcho.
Reza a história de lugar tão distante e dos mais antigos fundados no Rio Grande do Sul que a mudança do nome de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas para Pinheiro Machado não agradou a população. Revoltados, peões e prendas da cidade acabaram expulsando o inventivo intendente que ousara decretar o rebatismo. Mas, apesar da expulsão do prefeito, Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas seguiu sendo Pinheiro Machado. E eu passei pouco mais de 12 horas ali.
sábado, 23 de junho de 2007
Pinheiro Machado-Cacimbinhas
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Um comentário:
Oi, querida! Como tão as coisas? Que tu anda fazendo?
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