segunda-feira, 12 de maio de 2008

Mães, beijos e abraços


Dia das Mães, beijos, abraços, mais beijos, mais abraços, risos, sorrisos. Presentes, também. Foi um domingo perfeito. Independentemente do aspecto comercial que insistem em agregar ao Dia, gosto da comemoração. Aliás, gpstp de efemérides, porque se prestam a reunir pessoas que nem sempre se convivem, mas que se amam em mais ou menos grau e sempre ficam felizes em estar juntas.


Enfim, o Dia foi mesmo legal. Me deliciei com o Linguado com Camarão (do Fábio e da Tina), com o Arroz à Primavera (do Padrinho), com as Saladas (do Pai e da Mãe), e com as Sobremesas (da Tia Vanda e da Mãe). Isso tudo porque, desta vez, reinventamos a roda e, a dar trabalho para um só cristão, mobilizar todos (ou quase todos) na tarefa do prazer de preparar a refeição. Virou bufê.

Mas duas outras coisas relacionadas à maternidade me chamaram a atenção neste 11 de maio de 2008. As duas pela TV e, mesmo assim, me emocionaram.


A primeira delas, em ordem cronológica, aconteceu no meio da tarde. Sou meio 'zapeciva'. Minha compulsão por zapear não está explicada ainda, mas tem a ver, muito possivelmente, ao gosto eclético que me faz simplesmente procurar na telinha o que, naquele exato instante da minha vida, pode vir a me agradar. E estava assim ontem, depois do delicioso almoço com as Mães, já em casa: procurando algo para me entreter.

Foi quando pulei para o 40. GloboNews. E tive a felicidade de assistir a uma entrevista inusitada (eu realmente jamais havia ouvido falar do entrevistado), intensa (o entrevistado dizia coisas profundamente bonitas e tranqüilizantes) e querida (ele garantia que a vida dele se devia ao senso de humor inabalável da mãe). Enfim, pelas palavras do filho, aprendi mais um pouco o que é importante no Kit-Mãe: bom humor, determinação e coragem.


Li Cunxin é o nome do entrevistado. Chinês nascido no auge da ditadura maoísta, em 1961, sexto filho de um casal de agricultores analfabetos, homem de infância pobre que garante não ter morrido de inanição, como outros milhares de chineses, por causa da força maternal, aquela que é capaz de se humilhar sem perder a ternura, para simplesmente garantir comida. Foi então que, aos sete anos, Li Cunxin foi descoberto na escola da aldeia por olheiros de Madame Mao e, de lá, saiu para ganhar o mundo, sem antes sofrer da disciplina militar e desumana de seus instrutores. Saga, afinal, é pouco para resumir a vida do bailarino que acabou exilado nos Estados Unidos, onde experimentou a liberdade, ganhou os palcos e os aplausos, formou família, se fez conhecido pelo ballet e, hoje, no século XXI faz dinheiro como corretor de valores. Para a posteridade, escreveu a autobiografia Mao´s Last Dancer, que agora eu estou louca pra ler


A segunda emoção maternal via TV que tive neste domingo, já que segunda, foi assistir à entrevista da mãe da menina Isabella. Confesso que até acompanhei a cobertura pela imprensa nos primeiros dias, mas deixei de lado quando a esquizofrenia social tomou conta da mídia. No Fantástico de ontem, no entanto, parei para ouvir aquela jovem mulher. Que me ensinou que a maternidade é eterna, quieta, ponderada. Fundamentada única e exclusivamente na relação de amor entre mãe-e-filho. E, se não for assim, não é.



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